Sob o forte luar, segue o cavaleiro em largos passos.
Não há brumas nesta noite.
A pressa é inimiga das certezas que o coração lhe trouxe por toda a vida.
A razão chama-lhe à uma particular manifestação de desatino.
O coração bate cada vez mais forte.
Misturado com o exercício que a cavalgada lhe proporciona.
O suor escorre por entre as vestimentas confundindo-se com um crescente nervosismo.
O caminho, é cada vez mais longo.
E estreito.
A vida noturna dos bosques lhe é inerente aos sentidos.
Escutando tudo e absorvendo o odor de plantas e flores já orvalhadas.
Mas a razão lhe grita e lhe concentra novamente.
E o coração põe-lhe mais dúvidas na cabeça.
O desatino vira opção a cada minuto que demora-se a chegar.
Sabe o motivo da viagem, da pressa, das preocupações.
Talvez não queira chegar, talvez a viagem já tenha sido suficiente,
para trazer-lhe a decisão final a ser tomada.
Mas o caminho é tão longo, que a razão toma a dianteira e o salva de um verdadeiro incêndio.
Ele chega.
E suas incertezas são dissipadas ao sabor da noite.
E suas certezas continuam intactas como de antes.
E sua razão vai repousar tranquila.
E seu coração, vai descansar para se preocupar um outro dia.
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